domingo, 11 de abril de 2010

A primeira bicicleta a gente nunca esquece...

Todo mundo com certeza se lembra de sua primeira bicicleta e de como aprendeu a pedalar, aquela frase famosa "pode ir, estou segurando" vinda de alguém em quem se confia, como um pai, uma mãe, bastam para que você se aventure sobre duas rodas. Eu me lembro da minha Caloi Ceci e de brincar com ela na rua junto com as outras crianças, mas a minha bicicleta inesquecível foi a que comprei há quase exatos 2 anos atrás (sim, dia 14/04/2008), uma Caloi Terra.

Já contei antes aqui que escolhi esta bicicleta porque ela estava dentro do que eu pretendia investir na minha nova ideia de ir pedalando para o trabalho, um investimento que seria recuperado em um mês, com o dinheiro que economizaria do ônibus.

Não só meu investimento teve o retorno rápido e esperado, como minha vida teve uma melhora incrível.
Parei de frequentar academia, afinal, pedalar é excelente pra saúde. Meus deslocamentos casa-trabalho-casa se transformaram numa diversão, num tempo muito bem aproveitado do meu dia, onde reparava ao meu redor, na paisagem, nas pessoas, fazia amizades, às vezes tinha companhia de outra ciclista, ou ía e vinha somente com meus pensamentos, que voavam....

O engraçado é que eu achava que iria pedalar somente este trajeto, o casa-trabalho, sem imaginar passeios, bicicletadas e muito menos viagens. Mas tudo isso foi surgindo e completando o meu dia-a-dia de forma natural. Aquela Caloi Terra foi se infiltrando na minha vida cada vez mais e mais.. e quando percebi, estava totalmente dominada por ela, pela liberdade que ela sempre representou. A de ir e vir de forma agradável.

E as amizades? Como eu tenho conhecido gente... pessoas incríveis! E minha bicicleta ali, sempre testemunha dos papos, das descobertas, das paisagens, das superações... Com ela mudei minha rotina, participei de vários passeios ciclísticos de grupos, de bicicletadas, visitei os belos artesanatos de Embú, desfrutei daquele "sofrimento bom" nas subidas imensas rumo à Santana de Parnaíba, desbravei minha cidade numa noite inteira pedalando na Virada Esportiva, conquistei a praia pedalando pela Mogi-Bertioga e muitas vezes vi sorrisos se abrirem quando eu passava, só porque eu estava de bicicleta...

Até que chegou a minha despedida dessa bicicleta que deixará histórias e saudades, mas uma despedida feliz. Ela agora acompanhará outras pedaladas e tenho certeza que nos econtraremos pela cidade e que sua nova companheira poderá ser tão feliz como fui com ela nesta sua nova opção de vida.


Aqui, o único momento em que me lembro que odiei minha bicicleta, numa trilha para a Prainha Branca em Bertioga, depois de carregá-la barranco acima e abaixo eu desejei que ela simplesmente se desintegrasse e eu me livrasse daquele peso.
Mas logo passou, afinal, foi com ela que cheguei até ali, e a sensação de ter chegado apenas pelo girar dos pedais é inesquecível!


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